21.12.04

Amantes da Chibata

Ouvi o termo numa palestra na UFF, pouco tempo atrás; o prof., acho q o nome era Giovanni, apontou para uma revista do gênero "Istoé Dinheiro" e falou: "conto de fadas". A matéria da capa era "Melhores Empresas nas Gestões de Pessoal". Foi de matar de rir. Acho q o Dr. Professor, era Alvez? Alvarez? não compartilha meu interesse mais profundo por contos de fadas, mas foi de matar. Estar alegre num emprego de ensacador é como agradecer por uma dúzia de chibatadas, é beijar os pés de Pôncio Pilatos, uma moral assim meio cristã monty pythoniesca, uma coisa quase non-sense. Por favor, por favor, trate-nos como escravos, senhor, senhor! Oh, o senhor é tão bondoso, olhe, aki, uma capa de revista!

Ai, a alienação; o ser humano faz qquer coisa pra passar adiante a batata-quente do livre-arbítrio. Eu já não disse isso? Devo ter dito. Não há liberdade senão a escolha das dependências, não há direitos senão os dos consumidores/servos/criados/vassalos. Somos como um bando de troianos capturados: menos q gente, temos espírito de escravo.

nota: acho q está havendo uma espécie de acordo tácito neste blogue. Heitor está se restringindo a escrever estórias; não queria esse tipo de divisão, a princípio. Mas eu sempre quero muitas coisas.

nota 2: pseudônimo é a vó.