6.6.05

Imperícia

Estou pasmo. Decidi levar hoje a cabo um experimento que me ocorrera tentar muito tempo atrás, e que consistia basicamente em vendar meus olhos, e mantê-los assim enquanto escrevia, contando com minha perícia ao teclado e meu tato para guiar-me. Uma dessas idéias estúpidas derivadas da cegueira dos profetas e dos olhos fechados dos monges.

De fato em termos de concentração acho que o efeito surtido foi positivo, e até mesmo o texto versaria sobre ela. Mas ao retirar a dita cuja venda e ler o texto, vi, primeiramente perplexo e depois, risonho, que tanto minha perícia quanto meu tato, que durante a redação já tinham me parecido muito mais ineptos do que eu imaginave, haviam falhado vergonhosamente, formando diversos parágrafos sem o menor sentido.

Lições para quem pretende teclar como um bom pianista: comece teclando, e não fechando os olhos; ou como quer o provérbio, bois e carro, necessariamente nessa ordem.